segunda-feira, 2 de abril de 2018


"The World is Not a Desktop" - Resenha sobre o texto de Marc Weiser.


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Como estamos pensando o computador do futuro? Estamos visando para a estética ou para a funcionalidade? Eis a discussão abordada no texto de Mark Weiser "The World is not a Desktop". 

O cientista da computação Mark Weiser afirma que a tecnologia deveria ser o facilitador para o ser humano desempenhar suas funções, fazendo com que esta seja o meio para o fim, e não o fim em si mesmo. Ou seja, ela deve ser apenas o canal, e não a função em si. 

Esta ideia (um tanto radical em minha opinião) tem como base o conceito de invisibilidade do objeto tecnológico e sua praticidade ser tão didática e limpa que não distraí o indivíduo que o usa, e não o perde na estética do objeto. Isso poderia ser quase a mesma coisa que afirmar que um objeto tecnológico deveria se pautar em sua função e não em sua estética, algo que ao meu ver, deveria ser presente em sua criação e construção final. Outro exemplo também é a bengala, algo que se torna parte do indivíduo e que pouco tem relevância no fator estético. 


Outras questões que este menciona no seu texto, são sobre oque os objetos e a interface desses são pautadas em sua concepção. Aviões, computadores e outros objetos não deveriam se assemelhar esteticamente a outros seres como os humanos ou pássaros apenas por nos trazer uma relação no subconsciente com o estético. Fazer com que um computador se comunique e aga como um humano ainda é uma tarefa difícil e complexa de ser realizada , tanto no fator físico (similar o ser humano) quanto no campo das idéias (um ser humano realmente gostaria de se comunicar com um computador?). Necessitando de uma gama de fatores que ainda tem de ser desenvolvidos, além do fator humano, monetário e etc. Ou seja, poderiam existir outros caminhos para um mesmo resultado, que no caso seria a interação com o digital. 


Todas estas questões são discutíveis, mas eu tendo a concordar com a maioria das idéias de Mark, principalmente com oque estamos vislumbrando no futuro, a tecnologia esta virando um palco para a estética e para a construção da imagem em relação ao agradável, mais especificamente como observamos o próximo (principalmente por redes sociais). Ou seja, eu acho difícil que no futuro próximo, a tecnologia não tenha como forte pilar a estética. 


Agora sobre as idéias as quais eu não concordo: o fator estético não deve ser deixado de lado apenas para a funcionalidade, pois esta também esta relacionada com este fator. A estética, deve ser levada em conta quando se trata do fator funcional e prático, algo agradável aos olhos e sentidos é importante no design, para que este objeto seja utilizável. É tudo uma questão de equilíbrio entre praticidade e beleza. Mas se analisarmos um pouco melhor a ideia de Mark, observamos que este está apenas reinterpretando o sentido de "beleza". A beleza nem sempre deve ser algo que cause tão forte vislumbramento e prazer dos sentidos, mas que os estimule de maneira objetiva e clara. 

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